A 38a Reunião Nacional da ANPEd recebe no dia 05 de outubro a sessão especial "As políticas da diversidade e enfrentamento das desigualdades (gênero e relações étnico-raciais)". Dentre as convidadas desta mesa está a professora Edla Eggert. Confira entrevista com a pesquisadora da PUC/RS.
Qual sua expectativa para a 38a Reunião Nacional da ANPEd?
Renovar forças para seguir acreditando que nosso trabalho no campo da Educação é digno e que não pode parar! O ânimo e a partilha se produzem no encontro, no coletivo.
Que tipo de reflexão pretende levar para a sessão especial "As políticas da diversidade e enfrentamento das desigualdades (Gênero e relações étnico-raciais)"?
Fiz um texto que analisa como podemos ser proativos quando estamos com noss@s estudantes em sala de aula da pós-graduação estudando classe, raça e gênero! Analiso o modo como as estudantes de mestrado e doutorado buscaram focar a realidade de classe, raça e gênero numa motivação que ampliou nossos horizontes de leitura. Saímos da nossa confortável sala de aula e fomos em direção a uma realidade que produziu em nós o exercício do diálogo. Ou seja, a reflexão, com base nas leituras, nos empurrou em direção ao contexto que gerou proposições tendo por base a pesquisa, por meio do ensino. A sala de aula da pós-graduação pode ser um grande trunfo para a resistência coletiva. Quero poder pensar na sessão especial das políticas da diversidade, que o entremear da pesquisa com o ensino será e é fundamental para diminuirmos as desigualdades. Partirei de uma experiência que para as feministas é a categoria fundante para pensar a produção do conhecimento com as mulheres.
De que forma você percebe a urgência de se debater essa questão frente à temática geral da 38a Reunião Nacional - "Democracia em risco: a pesquisa e a pós-graduação em contexto de resistência"?
A urgência de pensar sobre o que temos vivido e debater com a comunidade científica da área da Educação, me parece o ancoradouro da resistência. Entendo que a pesquisa na pós-graduação é um elo estabelecido no compromisso que chama para mudanças e mudanças para uma vida melhor. E não é isso que estamos vendo que está acontecendo no país e no mundo.